08 julho 2020

Alentejo, um pequeno périplo para matar saudades...

Mértola - Azenhas do Guadiana

Por poucos dias, rumei com a família ao meu Alentejo, para matar saudades. Partindo da pequena aldeia da Peroguarda, onde assentámos a dormida, procurámos destinos próximos e muito familiares. Primeiro destino, a encantadora vila de Mértola, espraiada na margem direita do Guadiana, numa belíssima área de parque natural do vale deste rio. Pelo caminho, avisos na estrada sobre a possibilidade de atravessamento de linces ibéricos.  Não vimos nenhum, com muita pena nossa, mas compensámos com as cegonhas, numa média de 3 por ninho. Ninhos estes que se sucediam ao longo da estrada. Em cima e em destaque o paraíso: as Azenhas do Guadiana, que lugar tão bonito!


Vale de Açor de Cima - a caminho de Mértola uma igreja e o ninho da cegonha 
Mértola, tranquilamente banhada pelo Guadiana
Mértola - o Guadiana que desliza com toda a calma, ao longo da vila 
Mértola - ponte sobre a ribeira de Oeiras que vai desaguar no Guadiana
Mértola - Ribeira de Oeiras (lá para o fundo, vestígios do moinho da bruxa)
No segundo dia e por uma razão muito especial, começámos pela Barragem do Pisão em Beringel, um lugar muito bonito, luminoso e tranquilo, onde apetece estar. Depois, uma breve passagem pela aldeia que conhecemos bem, e onde nunca falhamos uma visita à Igreja da Nª Srª da Conceição. Seguimos em direcção a Serpa, deixando Beja para trás. Ao longo do caminho desfilam campos de girassóis, oliveirais e vinhas. À entrada da ponte de Serpa, paramos para admirar o rio Guadiana que, daquele local, é visto numa grande extensão, oferecendo aos nossos olhos uma paisagem tão selvagem quanto bela. Chegamos na hora de almoço, pelo que a prioridade foi dar conforto ao estômago, o que fizemos no restaurante Molhó o Bico. Espaço agradável, com decoração e comida genuinamente alentejanas. Boa aposta. Depois passeámos pelas ruas semi adormecidas da Vila e pelos principais pontos de interesse: castelo, aqueduto, nora, igrejas. Serpa é, como todas as vilas e aldeias alentejanas, calma, branca e cheia de luz. Tivemos ainda tempo para visitar uma exploração de caprinos, onde nos divertimos com os cabritinhos de poucos dias que só queriam saltar para o nosso colo.

Beringel - Barragem do Pisão (um recanto, especialmente guardado no coração)
Beringel - Barragem do Pisão e em baixo, Igreja de Nª Srª da Conceição
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Rio Guadiana - visto da Ponte de Serpa
Serpa - a muralha que atravessa a rua ou o contrário?
Serpa - o verde invasor, mas belo
Serpa - Igreja de Santa Maria, a precisar de algum restauro
Serpa - uma das entradas na muralha
Serpa- Jardim do semi-abandonado Palácio dos Condes de Ficalho
Serpa - Palácio dos Condes de Ficalho, uma fachada a perder o suporte
Serpa, entrada para o Castelo
Serpa - do cimo do Castelo, o aqueduto ao fundo
Serpa - do cimo do Castelo, a traseira da Igreja de Stª Maria
Serpa - Batente de porta, algures numa rua - a beleza de um azul patinado
Serpa - a nora que espreita por cima do casario

Nos caminhos de Serpa - monte desabitado que serve de apoio à criação de cabras



De regresso a casa houve ainda tempo para um picnic na Barragem de Odivelas. Mais uma vez tivemos direito a um sítio muito calmo, sem ninguém, onde apenas se ouvia o murmúrio das árvores, o canto dos pássaros e das cigarras e o zumbido das abelhas. Perfeito!

Barragem de Odivelas

(Fotos minhas de telemóvel, com pouca qualidade que o bicho está a dar as últimas)

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