Leio
sofregamente, num atropelo de palavras. Fico sem fôlego.
São
tristes. Tristes as palavras, tristes os factos, tristes as vidas dos
personagens que vou encontrando. São poucos, perdidos na imensidão dos dias, na
paisagem quente do meu Alentejo. As mulheres sem nome, apenas chamadas de
mulher, filha ou irmã de alguém ou então identificadas pela profissão. Os
homens com nomes bíblicos, José, Gabriel, Moisés, Salomão... Todos eles se
entrelaçam na dureza da vida, na desgraça que espreita, na maldade traiçoeira,
na solidão que os cerca. Os gestos são vagarosos mas os sentimentos intensos. É
um romance triste, mas belo. Maravilhosamente escrito este "Nenhum Olhar" de José Luís Peixoto.
1 comentário:
Anotei-o!
Mal vá ao Porto vou à fnac comprá-lo.
Beijinhos.
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