16 julho 2025
Por Monsaraz
Uma breve passagem pelo Alqueva com Monsaraz na mira. Tão autêntica, tão encantadora, tão única que apetece voltar e voltar e voltar...
14 julho 2025
Tão bonito
Danço nas asas de um furacão
Esta é a minha casa, sigo o destino
Eu sou a estrada, eu sou, eu sou, eu sou
Fugir da confusão que nos consome
Não é preciso muito mais
Do que um minuto a olhar o céu e respirar
Respirar, eu vou, peito aberto (eu vou)
Seja onde for, eu vou levar amor
No meu respirar
Que vivemos juntos este tanto com tão pouco
Pelas mãos do vento faz-se unir o mundo todo
O mesmo ar, a noite e o dia
Que vivemos juntos este tanto com tão pouco
Pelas mãos do vento faz-se unir o mundo todo
O mesmo ar, a noite e o dia
Respirar, eu vou
Respirar, eu vou, peito aberto
Seja onde for, eu vou levar amor
(No meu respirar)
Respirar, eu vou, peito aberto
Seja onde for, eu vou levar amor
(No meu respirar)
E encher o nosso peito de amor no amanhecer, oh-oh
A vida deu-me tanto sem cobrar e eu nem sabia
Agora eu sei que para agradecer
Respirar, eu vou, peito aberto, oh-oh
Seja onde for, eu vou levar amor
No meu respirar (eu vou, eu vou)
Respirar, eu vou, peito aberto
Seja onde for, vou levar amor
No meu respirar, eu vou levar amor
Ai, que boa vida, dançar este refrão a cada dia
Na vida, eu sou a estrada
Eu sou a estrada, eu sou a estrada...
07 junho 2025
O cafezinho (agora mesmo a saborear)
Ah, o cafezinho depois do almoço! Este é um capítulo à parte na saga dos amantes da cafeína. Se o café da manhã é o arrancar do motor, o depois de almoço é o turbo que nos resgata daquele bocejar que insiste em bater à porta.
É
a estratégia perfeita para driblar a temida indolência pós-refeição. Aquele
momento em que a cabeça começa a pesar, as pálpebras ameaçam ceder e a ideia de
uma sesta parece a mais brilhante do mundo. Aí, entra em cena o nosso herói:
quentinho, aromático e pronto para espantar qualquer vestígio de letargia.
Não
se trata só de uma bebida, é todo um ritual. É o empurrãozinho que faltava para
encarar a tarde com o mesmo entusiasmo da manhã.
Pois
é, cá para mim, seja antes ou depois do almoço, o café é sempre uma boa ideia.
Uma pequena dose de felicidade líquida que me ajuda a navegar pelos desafios do
dia com um sorriso no rosto e o cérebro bem engrenado….
29 abril 2025
O apagão e o transistor
Ah,
o grande apagão de ontem... que aventura! De repente, estávamos todos a viver
como os nossos avós, só que sem a parte pitoresca da lareira e com muito mais
telemóveis descarregados. Foi um regresso forçado ao século passado, não acham?
Vi
pessoas a correr para os carros para carregar os telemóveis, como se os seus
veículos fossem a última central elétrica móvel da Europa. E depois, claro,
houve o renascimento glorioso do rádio transistor! De repente, aqueles
aparelhos antigos que estavam a apanhar pó nas gavetas tornaram-se a nossa
tábua de salvação informativa e, vá lá, até um pouco de entretenimento
nostálgico.
Era
engraçado ver as pessoas a sintonizar as estações com aquela antena extensível,
a tentar apanhar o sinal como se estivessem a caçar ondas sonoras no ar. E as
notícias? Vinham aos poucos, com aquele chiado característico, como se fossem
segredos sussurrados de um tempo analógico.
Para
muitos de nós, foi um lembrete de como dependemos da eletricidade para tudo.
Mas também nos mostrou que, no fundo do baú, ainda temos ferramentas simples e
eficazes para nos mantermos informados e, quem sabe, até para dançar um pouco
ao som de uma música antiga transmitida por ondas hertzianas.
Um
dia que, esperemos, seja só uma anedota para contar daqui a uns anos…
Cenários de Primavera (4)
(foto minha)
Um tufo de papoilas... imaginem só! Um ajuntamento escarlate, uma pequena revolução vermelha a agitar-se ao vento, como se a própria Primavera tivesse decidido pintar o campo com pinceladas ousadas e um tanto distraídas.São
como bailarinas desgrenhadas, com saias de seda amarrotada, a exibir as suas cinturas
repletas de futuras sementes com um ar de quem diz "Olhem para mim, sou
efêmera, mas oh tão vibrante!". E no meio daquela confusão rubra, lá estão
os centros escuros, uns pequenos botões pretos como olhos arregalados, talvez
um pouco chocados com tanta exuberância à sua volta.
Se
as flores tivessem opiniões, aposto que as papoilas seriam as mais barulhentas
e as mais despreocupadas, a rir do vento e a esvoaçar como confetes de uma
festa campestre que nunca mais acaba. Um verdadeiro hino à alegria e ao contentamento!
23 abril 2025
Papa Francisco (1936-2025)
Na Igreja há lugar para todos! Todos, todos, todos!
Papa Francisco (JMJ, Agosto de 2023)
Morreu nesta segunda-feira, 21 de abril, um dia depois do Domingo de Páscoa, onde ainda fez uma breve aparição. Foi o Papa mais querido de todo o sempre, por crentes e não crentes, por gente de todas as religiões. Foi certamente o Papa mais inclusivo. Que quem venha a seguir, o faça na sua pegada....
31 março 2025
Cenários de Primavera (3)
Hoje no MACAM (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins). Uma manhã solarenga, o ar fresco que já começa a aquecer, o canto alegre dos pássaros e o cheiro da relva acabada de cortar. Finalmente a Primavera a fazer-se presente...
26 março 2025
Projetos que tocam o coração
24 março 2025
Sobre a série do momento
22 março 2025
Ritmos (1)
20 março 2025
Cenários de Primavera (2)
Vista da janela cá de casa, logo pela manhã
A Primavera chegou esta manhã. Não se pode dizer que foi de mansinho porque chegou encavalitada num temporal invernoso que deixou um rasto de destruição por onde passou, quedas de árvores, de muros, de telhados, de semáforos, de painéis publicitários e outros que tais. De manhã, no meu percurso de carro habitual andei (eu e os outros) a fazer uma espécie de rally entre os detritos espalhados pelas ruas, fruto dos ventos ciclónicos que se fizeram sentir. Agora é limpar e andar...
16 março 2025
Dois séculos depois, Camilo ainda vive?
Camilo
Castelo Branco nasceu faz hoje 200 anos. Será que os seus livros ainda cativam leitores?
E esses leitores serão de uma faixa etária mais velha ou os jovens ainda se
conseguem deixar agarrar pela sua escrita? Penso que tudo dependerá de como é
feita a primeira abordagem. Imaginemos que alguém abre ao acaso “O Amor de
Perdição” e lê o início do Capítulo VIII, não se deixaria levar?
“…Mariana,
a filha de João da Cruz, quando viu seu pai pensar a chaga do braço de Simão,
perdeu os sentidos. O ferrador riu estrondosamente da fraqueza da moça, e o
académico achou estranha sensibilidade em mulher afeita a curar as feridas com
que seu pai vinha laureado de todas as feiras e romarias.
–
Não há ainda um ano que me fizeram três buracos na cabeça, quando eu fui à
Senhora dos Remédios, a Lamego, e foi ela que me tosquiou e rapou o casco à
navalha – disse o ferrador. – Pelo que vejo, o sangue do fidalgo deu volta ao
estômago da rapariga!... Estamos então bem aviados! Eu tenho cá a minha vida, e
queria que ela fosse a enfermeira do meu doente.... És, ou não és, rapariga? –
disse ele à filha, quando ela abriu os olhos, com semblante de envergonhada da
sua fraqueza.
–
Serei com muito gosto, se o pai quiser.
–
Pois então, moça, se hás-de ir costurar para a varanda, vem aqui para a beira
do senhor Simão. Dá‑lhe
caldos a miúdo, e trata‑lhe da ferida; vinagre e mais vinagre,
quando ela estiver assim a modo de roxa. Conversa com ele, não o deixes estar a
malucar, nem escrever muito, que não é bom quando se está fraco do miolo. E
vossa senhoria não tenha aquelas de cerimónia, nem me diga à Mariana – a menina
isto, a menina aquilo. É – rapariga, dá cá um caldo; rapariga, lava‑me o braço, dá cá as compressas – e nada de políticas. Ela está aqui como sua criada, porque eu já lhe disse que, se não fosse o pai de vossa senhoria, já ela há muito tempo que andava por aí
às esmolas, ou pior ainda. É verdade, que eu podia deixar‑lhe uns benzinhos, ganhos ali a suar
na bigorna há dez anos,
afora uns quatrocentos mil réis
que herdei de minha mãe,
que Deus haja; mas vossa senhoria bem sabe que, se eu fosse à forca ou pela barra fora, vinha a
justiça, e tomava
conta de tudo para as custas…”
In “Amor de Perdição” Capítulo VIII
23 fevereiro 2025
Por aí (1)
Gosto de batentes (e de portas)!
Quando caminho pelas ruas, seja em passeio seja no dia a dia, o meu olhar é muitas vezes atraído pelas portas por onde passo e se tiverem batentes, mais ainda. Este é de ontem no Campo das Cebolas, em Lisboa. Há muitas cabeças de leão, mas esta tem ali uma uma certa imponência sedutora.
19 fevereiro 2025
Das coisas bonitas que leio
Alguns haikus (poesia japonesa) do livro “O Eremita Viajante” de Matsuo Bashô
sopram as brisas primaveris
para que as flores rebentem
em gargalhas
(29)
veste uma túnica florida
e rende-te
à beleza das flores
(39)
colher batata doce
durante a lua cheia
que boa vida!
(43)
os meus ouvidos
sobre uma almofada de ventos
chegou o outono
(69)
Numa atualidade e num mundo tão cheio de zangas, de ódios, de tragédias, de intolerâncias e de cada vez menos humanidade, de vez em quando sinto uma necessidade urgente de esquecer tudo e mergulhar em algo bonito. É o caso deste livro...
22 janeiro 2025
Cenários de Inverno (16)
O último dia de 2024 e o primeiro
de 2025 foram passados na Tapada de Mafra. A noite foi passada na Casa do
Salabredo, o alojamento da Tapada. Uma noite fria, mas com uma imensidão de
estrelas a brilhar no céu.
Dois dias bonitos e totalmente
tranquilos com um maravilhoso sol de Inverno, numa floresta encantada.
Caminhadas bucólicas, em silêncio para não incomodar os cervos e as
corças que surgiam inesperadamente no nosso caminho e que ficavam por
vezes estáticos a olhar-nos antes de decidirem que era seguro continuar caminho.
Somos visitantes assíduos desta
Tapada que nos encanta em cada visita e que nunca desilude.