Na procura de S. Miguel da Mota e do templo Endovélico, o nosso mini bus deixou a estrada principal e embrenhou-se por um caminho de terra batida, desembocando num monte alentejano, meio abandonado e pejado de cabras por todo o lado. Engano pensámos nós! Mas não! Eis que surge um pastor e confirma que sim… “é por ali, mas terão os senhores que ir a pé e andar uns 2km, é caminho bom… agora já vão aparecendo alguns turistas e a Câmara pôs aí umas placazitas de madeira a assinalar o trilho…”
E lá fomos por entre eucaliptos, chaparros, estevas e rosmaninho. Chegámos à ribeira de Lucefécit e demos com uma ponte de madeira meio destruída, com uma corda a funcionar como corrimão o que não impediu a travessia, afinal o espírito era aventureiro. Logo após, deparámo-nos com o monte rochoso. Após uma verdadeira escalada, descobrimos lá em cima que aquele não era o santuário pretendido, mas sim o primeiro “rochedo sagrado” onde teria tido início a adoração do deus Endovélico. O local, hoje designado “Rocha da Mina”, é fantástico e, em termos mágicos e paisagísticos, mais imponente do que o de S. Miguel da Mota. Foi uma aventura perfeita!