Quando acabo um livro de que gosto muito, fico sempre com uma sensação de orfandade. Por vezes aparece mesmo uma certa angústia. Ando ali durante uns dias a conviver tu cá, tu lá, com uma série de personagens e lugares e de repente isso acaba. Ao aproximar-me do fim começo a ler devagar, a tentar evitar o inevitável. Quando acaba, folheio para trás, revejo algumas passagens, fecho e fico a olhar para a capa. Depois arranjo-lhe um lugar especial na estante e deixo-o lá até sentir saudades. Para não me deixar ir com a emoção, escolho rapidamente outro livro e começo logo ali a envolver-me com outras gentes e outros lugares e tudo recomeça, umas vezes de forma mais leve, outras de novo surpreendente…
7 comentários:
O ideal é que este processo se repita muitas vezes...
Acontece-me exactamente o mesmo, e como diz a Marta R., que se repita muitas vezes...
admiro-te e a todos o que o fazem!
(e sempre tive e tenho esse exemplo em casa)!
há-de voltar, esse gosto!
Já dizia sabiamente Monteiro Lobato:
"Um país se faz com homens e livros".
O amor à leitura é uma bênção.
Também fico com essa sensação quando termino um livro que gosto muito.
Chego a não conseguir ler nada do mesmo autor para que não desiluda as minhas elevadas expectativas!
Que lindo post.
É que é mesmo assim! É como se perdesses uma parte de ti quando acabas um bom livro, porque no fundo, enquanto andaste com ele, viveste com as personagens nos seus ambientes, como se fossem os teus.
Post simplesmente maavilhoso!
É mesmo isso!!A "sensação de orfandade" era a expressão q me faltava para explicar esse sentimento, quase fisico... :)
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