Que amor não me enganaCom a sua branduraSe da antiga chamaMal vive a amargura
Duma mancha negraDuma pedra friaQue amor não se entregaNa noite vazia?
E as vozes embarcamNum silêncio aflitoQuanto mais se apartamMais se ouve o seu grito
Muito à flor das águasNoite marinheiraVem devagarinhoPara a minha beiraEm novas coutadasJunta de uma heraNascem flores vermelhasPela Primavera
Assim tu souberasIrmã cotoviaDizer-me se esperasPelo nascer do dia
(Faleceu há 20 anos Zeca Afonso, o Poeta-Cantor)
23 fevereiro 2007
Que amor não me engana
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6 comentários:
Ah ah ah ah ah (private joke)
bonita homenagem!!
Essa coisa de "piadinha interna"...
Hohohoho!!!
Apesar de o poema ser uma lembrança da morte, há vinte anos, o tema "amor", a alegria que já toma conta de você e de MR, e os belos versos, deixam-me muito feliz, hoje!
É isso aí!
beijos de bom dia!!
;o)
Que lindo, as primas em sintonia... Serão siamesas de alma?! =:o)
Poema belissimo!!!!
Como este poema são todos os do Zeca... Muitos bonitos e com história a contar... Tenho um livro das poesias e músicas do Zeca Afonso e é excepcional!
Continuação de boas postagens.
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