25 maio 2011

Alentejanando mais um pouco (2)


Na procura de S. Miguel da Mota e do templo Endovélico, o nosso mini bus deixou a estrada principal e embrenhou-se por um caminho de terra batida, desembocando num monte alentejano, meio abandonado e pejado de cabras por todo o lado. Engano pensámos nós! Mas não! Eis que surge um pastor e confirma que sim… “é por ali, mas terão os senhores que ir a pé e andar uns 2km, é caminho bom… agora já vão aparecendo alguns turistas e a Câmara pôs aí umas placazitas de madeira a assinalar o trilho…”
E lá fomos por entre eucaliptos, chaparros, estevas e rosmaninho. Chegámos à ribeira de Lucefécit e demos com uma ponte de madeira meio destruída, com uma corda a funcionar como corrimão o que não impediu a travessia, afinal o espírito era aventureiro. Logo após, deparámo-nos com o monte rochoso. Após uma verdadeira escalada, descobrimos lá em cima que aquele não era o santuário pretendido, mas sim o primeiro “rochedo sagrado” onde teria tido início a adoração do deus Endovélico. O local, hoje designado “Rocha da Mina”, é fantástico e, em termos mágicos e paisagísticos, mais imponente do que o de S. Miguel da Mota. Foi uma aventura perfeita!

17 maio 2011

De novo e sempre o Alentejo! (1)

Fotos minhas e da minha amiga Zé: Portalegre, Maio 2011

No passado fim-de-semana rumámos a Portalegre atrás de José Régio. Ao Alandroal e Terena em busca dos vestígios do Deus Lusitano Endovélico e do seu culto ancestral.
A ideia surgiu na minha Comunidade de Leitores e foi num ápice que tomou forma.
Do programa Regiano constou, uma visita à Casa Museu e um encontro com o Grupo de Leitores de Portalegre, onde abordámos, entre outros, o conto de Régio, “Davam grandes passeios ao Domingo”.
Concluímos o ciclo José Régio com uma interpretação muito nossa do poema do escritor, “Toada de Portalegre”:

“Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...
……………………………........................
Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
……………………..............…
Poema completo aqui.

08 maio 2011

Hoje fui ao teatro!


Entre mestres de esgrima, de dança e de poesia, temos um aprendiz de fidalgo que a todo o custo pretende sê-lo. Na ânsia da subida fácil, acaba rodeado de intrigas. Todos engam e todos são enganados. Uma farsa com uma apresentação interactiva. Quando damos por isso, dançamos com os intérpretes pese embora os nossos (neste caso meus) dois pés esquerdos.
"O Fidalgo Aprendiz" de D. Franciso Manuel de Melo, no Teatro D. Maria.

Dos livros e dos amigos

Ontem fui à apresentação deste livro da autoria do Prof. Vasconcelos Raposo. Meu ex-colega de trabalho, continuamos a encontrar-nos frequentemente por questões profissionais. Agora é interessante conhecer esta sua outra faceta tão diferente do ambiente em que lidamos, o do desporto. Muito de vez em quando fazia referência à sua vida militar, sempre com uma ponta de emoção e orgulho. Apresso-me por isso, curiosa e interessada, na leitura desta sua obra. Conhecendo-o como o conheço, tenho a certeza que não vou sair defraudada.

07 maio 2011

Ele está de volta!

Desta vez vem vestido de gala, num branco e negro aveludados e coberto por uma plumagem prateada. Vai celebrar 25 anos! Está a crescer de forma saudável e continua solidário até mais não. Como sabem vem sempre por pouco tempo, por isso procurem-no porque ele anda por aí e é muito fácil de encontrar. Os meus vieram da Cercioeiras, a segunda casa do meu filho.

04 maio 2011

E só tem 3 anos!

Ontem encontrei um senhor amigo que não via há uns tempos e naquela troca habitual de perguntas e notícias da família, falava-me com entusiasmo do neto de 3 anos, puto reguila, sempre cheio de perguntas e reflexões. Não resistiu a contar-me a última do neto que achei deliciosa. Em conversa com o avô dizia-lhe: - oh avô quando for grande vou ser astronauta e vou comprar uma nave e vou à lua e levo-te comigo. Quando chegarmos lá saímos e pomos assim o pé no chão (e exemplificava com o pé). O avô concordou e disse que sim, que estava combinado. Alguns dias depois o neto voltou lá a casa mas vinha com um ar emburrado e de braços cruzados sobre o peito. Que se passa G? - perguntou o avô. Estou chateado, já não podemos ir à lua, porque afinal as naves são muito caras ….

03 maio 2011

Tablets

Não, não falo de tabletes de chocolate, mas sim daqueles novos ecrãs portáteis que traz toda a gente maluca. Não substituem os portáteis, uma vez que são um complemento e mesmo assim as vendas disparam e Portugal é um dos países da Europa onde se prevê uma maior procura no ano corrente. Decididamente essa coisa da crise é só mesmo para alguns sectores: o pão, a água, a electricidade, a gasolina e por aí….
Notícia daqui

Adenda, ainda em tempo: eu própria, numa primeira tentação e após ter estado a brincar com um, quase, quase, fui atrás, mas depois pensei nas prioridades :)