29 junho 2007

Os meus anos franceses (3)


Sempre que vou a Paris, não passo sem me sentar durante meia hora num dos bancos de pedra desta ponte. De preferência no final da tarde, olhando para a margem esquerda do Sena, a Torre Eiffel ao fundo, os bateaux-mouches a deslizar languidamente no rio. Das muitas pontes da cidade (mais de 3 dezenas), esta é a minha preferida ….

27 junho 2007

Moinhos


Gosto muito de moinhos.
Não resisti a esta fotografia do José Carlos Carvalho, que faz parte de uma sequência excelente, em exposição no Photo-à-trois!

30 graus de diferença!

Na Inglaterra 12 graus, na Roménia 45! Isto na Europa, sem falar no resto do Mundo!
O clima está virado às avessas e ainda há muito pouca gente preocupada com isso....

eh eh eh eh eh eh

Eu sou primogénita ………………..........................................................................................................……. (desculpa maninha)

Post didáctico!


Pela nossa saúde, usemos azeite!
Da alimentação saudável, à prevenção de doenças ou preservação da memória, passando ainda pela cosmética, é polivalente!
Saiba um pouco mais….

26 junho 2007

Simplesmente Joe!

“Adivinhem se forem capazes. Quem foi capa da última Visão? Tempo para pensar... Foi Joe Berardo. Quem foi capa da última revista Sábado? Resposta: Joe Berardo. Quem foi capa da última Tabu, a revista do semanário Sol? Pois bem: Joe Berardo. Quem foi capa da última NS, a revista que sai aos sábados com o DN e o JN? Pois é: Joe Berardo. E quem foi capa da última revista Única, do semanário Expresso? Eeeerhh... Por acaso foi a Angelina Jolie. Mas no interior havia 14 páginas dedicadas a Joe Berardo.”

Crónica de opinião do jornalista João Miguel Tavares no DN. Leiam o resto, vale a pena!

24 junho 2007

Os meus anos franceses (2)

Deux Danseuses en bleue 1899

Edgar Degas, um pintor que admiro. Este quadro está no Musée d’Orsay, um dos meus museus preferidos em Paris.

19 junho 2007

Bitte meine Dame

Li que na Alemanha, a Liga Profissional de Futebol nomeou pela primeira vez uma árbitra para os jogos das divisões principais. Parece que a senhora é polícia e já está habituada a impor a autoridade.
Por acaso gostava de ver o mesmo acontecer por cá. Será que o facto de haver uma mulher em campo, poderá fazer com que os jogadores usem um palavreado mais soft, com menos piiiiiiiiiiiiis?

No campo da justiça

Cachecóis, pulgas, ratos e afins ….
E novidades alguém tem?

18 junho 2007

Os meus anos franceses (1)

Avec ma gueule de métèque
De Juif errant, de pâtre grec
Et mes cheveux aux quatre vents
Avec mes yeux tout délavés
Qui me donnent l'air de rêver
Moi qui ne rêve plus souvent
Avec mes mains de maraudeur
De musicien et de rôdeur
Qui ont pillé tant de jardins
Avec ma bouche qui a bu
Qui a embrassé et mordu
Sans jamais assouvir sa faim
Avec ma gueule de métèque
De Juif errant, de pâtre grec
De voleur et de vagabond
Avec ma peau qui s'est frottée
Au soleil de tous les étés
Et tout ce qui portait jupon
Avec mon cœur qui a su faire
Souffrir autant qu'il a souffert
Sans pour cela faire d'histoires
Avec mon âme qui n'a plus
La moindre chance de salut
Pour éviter le purgatoire
Avec ma gueule de métèque
De Juif errant, de pâtre grec
Et mes cheveux aux quatre vents
Je viendrai, ma douce captive
Mon âme sœur, ma source vive
Je viendrai boire tes vingt ans
Et je serai prince de sang
Rêveur ou bien adolescent
Comme il te plaira de choisir
Et nous ferons de chaque jour
Toute une éternité d'amour
Que nous vivrons à en mourir
Et nous ferons de chaque jour
Toute une éternité d'amour
Que nous vivrons à en mourir

Egípcio, filho de pais gregos, Yussef Mustacchi mais conhecido por Georges Moustaki escreveu e compôs nos anos sessenta, “Le Métèque”.

Obrigado Corta-fitas ...

... pela simpática nomeação.


Lisboa, neste caso!

Sempre achei que quem lá mora é que sabe o que lhe faz falta. A ideia é boa, para esta e para todas as outras cidades.
Mas…… alguém irá ouvi-los depois?

16 junho 2007

Quando o S.Pedro não ajuda!

A corrida desta noite já era. À chuva não me apetece, pronto! Acho que vou andar de bicicleta na varanda, ao som do Bruce e dos seus amigos .............………….. !
Ouçam lá um bocadinho ….
… Pay me, pay me, pay me my Money down, pay me or go to jaiiiiiiiiiil, pay me my money down!

Não é uma festa?
Oh yeah!

13 junho 2007

Gosto de ...

... feriados a meio da semana :)
(mesmo quando apanhamos pelo meio, com uma avaria do carro na auto-estrada.....)

12 junho 2007

Noite de Stº António

Um altar de manjericos
Que todos querem cheirar
Hoje é noite de feitiços
Anda magia no ar!

Há alcachofras a queimar
Há música e arraiais
Há fogueiras para saltar
Há sardinha e muito mais!


Santo António casamenteiro
Traz um sorriso no olhar
E com um ar bem matreiro
Leva mais um par ao altar!


08 junho 2007

Música do meu tempo

Hoje o meu rádio-despertador acordou-me com o Lenny Kravitz a cantar “American Woman”. De imediato viajei até à versão original dos Guess Who, nos anos 70. Muito dancei ao som desta música ….

........................................
American woman, stay away from me
American woman, mama let me be
Don't come hanging around my door
I don't want to see your face no more
I got more important things to do
Than spend my time growin' old with you
Now woman, stay away
American woman, listen what I say
………………………………….

07 junho 2007

Em dia feriado e para rematar.....

As minhas lembranças alentejanas, não ficariam completas sem uma ligeira alusão gastronómica. Por isso e para rematar, em dia feriado, deixo-vos a receita de uma açorda d'alho, um dos meus pratos alentejanos preferidos:
Pão alentejano q.b. (o pão tem que ter 4/5 dias para estar bem duro)
6 dentes de alho
1 ramo grande de coentros
sal
1,5 de água
4 ovos (1 por pessoa)
1 dl de azeite

Num almofariz, esmagam-se os alhos, com os coentros e o sal.
Leva-se a água ao lume, com um pouco de sal. Quando começar a ferver, deitam-se cuidadosamente os ovos, e deixam-se escalfar (3/4 minutos)
Numa plengana (taça, tigela), deita-se a mistura dos coentros e alhos e rega-se com o azeite. Retiram-se os ovos da água e deita-se esta, ainda ferver, por cima da mistura.
De seguida mergulha-se o pão, que foi entretanto cortado às fatias pequenas.
Serve-se de imediato, colocando um ovo por cima de cada prato.

Para uma açorda mais requintada, pode cozer-se bacalhau na água a utilizar e servir este em separado.



Detalhes: o pão alentejano é um pão de trigo, de miolo compacto, que é cozido em forno de lenha de forma a durar vários dias.

Bom apetite e bom feriado!
PS - as fotografias, como de costume, encontrei no google, sem o nome do autor.

05 junho 2007

Uma lembrança

A propósito do post anterior, aqui estão algumas “palavras alentejanas” integradas em contexto próprio, para um melhor entendimento. No final, imagens para ajudar na tradução :)

Estava uma manhã fresca e luminosa. Como ainda era cedo, decidi ir até ao poço e abastecer a casa de água.
Fui até à arramada, buscar o burro e em seguida as enfusas. Amarrei uma de cada lado da albarda e desci a ladeira, por entre estevas, até chegar ao vale onde ficava o poço. Enquanto descia, o perfume da giesta e do rosmaninho invadia-me os sentidos. Ao longe, ouviam-se os chocalhos das ovelhas.
Chegada ao poço, amarrei o burro ao chaparro mais próximo e lancei-me ao trabalho. Mergulhei o caldeirão na água fresca, por várias vezes, até encher as enfusas. Fiquei com sede. Pendurado num espigão ao lado do poço, estava um cucharro. Enchi-o de água e bebi com prazer.
Antes de iniciar a subida de regresso, deitei-me por momentos na erva húmida e deixei-me ficar a olhar o céu e a sentir o calor do sol. Num charco próximo, algumas rãs brindavam a manhã com uma sinfonia afinada.
Subi de novo até ao monte e encontrei a minha Tia que vinha do forno.
- Foste à água?
- Fui …. quer que faça mais um carrego?
- Não filha, tem avondo! Agora vai até à cozinha e vai comer, que deves estar com fome. O presunto e o chouriço estão no tarro e na plengana estão uns torresmos deliciosos. Há café e pão fresco, acabadinho de sair do forno….

Era o início de mais um dia feliz, numa das muitas férias passadas no Alentejo …...
Tarro e cucharro


plengana








flor de esteva




enfusa

04 junho 2007

Doces memórias

Usa o cucharro e deita na plengana!
Tem avondo!

Conhecem estas expressões? Usam-se no Baixo Alentejo. Hoje recebi um e-mail que lhes fazia referência. De imediato o meu espírito viajou até à Serra de Serpa e senti o aroma das estevas, da giesta e do rosmaninho. Terra linda aquela ….

Basta olhar para o lado

De vez em quando bate uma tristeza e os nossos problemas parecem do tamanho do Mundo. De repente, olhamos para o lado ..... e acordamos! É que os problemas do vizinho são muitas vezes maiores do que os nossos!

Humor iraniano

Digamos que, de vez em quando, muito de vez em quando, até têm a sua piada!

(«Esta é a piada do ano», disse o secretário-geral do Conselho Supremo para a Segurança Nacional iraniano, Ali Larijani, sobre as palavras usadas por Bush para justificar a intenção de instalar um escudo antimísseis na Europa de leste.”)

Novos tempos, novos alertas!

Ainda não há muito tempo, a meteorologia alertava para o mau tempo: ventos fortes, tempestades no mar, tornados, furacões e afins.
Agora, a meteorologia alerta também para o elevado índice dos raios ultravioletas.
Tempos de mudança estes que vivemos!

03 junho 2007

O fantástico imaginário

“O velho permaneceu no cais até que o barco desapareceu tragado por uma curva de rio. Decidiu então que naquele dia não falaria com mais ninguém, e tirou a dentadura postiça, embrulhou-a num lenço e, apertando os livros junto ao peito, dirigiu-se para a sua choça”


“Haviam esperado longamente por aquele momento. Com toda a paciência que caracteriza os gatos, tinham esperado que a jovem gaivota lhes comunicasse os seus desejos de voar, porque uma ancestral sabedoria os levava a compreender que voar é uma decisão muito pessoal.”






Ouvi várias vezes chamarem para embarcar alguém com o mesmo nome que eu e assim a minha mala ia-se embora sem mim. Imaginei-a às voltas, abandonada no tapete sem fim do aeroporto de Paris, enquanto eu esperava que passasse a hora que talvez me levasse a Istambul, para um homem que tinha que apagar do mapa de maneira exemplar."

Gosto de Luís Sepúlveda!
Há muito que os textos deste Chileno preenchem o meu imaginário. Começamos pelos títulos das suas histórias, que só por si já nos atraem, entramos depois em paisagens irreais e conhecemos personagens fantásticas. São histórias deliciosas, que deslumbram pela simplicidade do enredo e que se lêem numa meia tarde, muitas vezes de um fôlego só!

01 junho 2007

Bom fim-de-semana



Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço onde a claridade está presa!
Há que sentar-se na beira do poço,
à sombra,
e pescar a luz caída, com paciência!



Pablo Neruda






Tenham um bom fim-de-semana!