29 abril 2025

O apagão e o transistor

 

(O meu transistor, foto minha)

Ah, o grande apagão de ontem... que aventura! De repente, estávamos todos a viver como os nossos avós, só que sem a parte pitoresca da lareira e com muito mais telemóveis descarregados. Foi um regresso forçado ao século passado, não acham?

Vi pessoas a correr para os carros para carregar os telemóveis, como se os seus veículos fossem a última central elétrica móvel da Europa. E depois, claro, houve o renascimento glorioso do rádio transistor! De repente, aqueles aparelhos antigos que estavam a apanhar pó nas gavetas tornaram-se a nossa tábua de salvação informativa e, vá lá, até um pouco de entretenimento nostálgico.

Era engraçado ver as pessoas a sintonizar as estações com aquela antena extensível, a tentar apanhar o sinal como se estivessem a caçar ondas sonoras no ar. E as notícias? Vinham aos poucos, com aquele chiado característico, como se fossem segredos sussurrados de um tempo analógico.

Para muitos de nós, foi um lembrete de como dependemos da eletricidade para tudo. Mas também nos mostrou que, no fundo do baú, ainda temos ferramentas simples e eficazes para nos mantermos informados e, quem sabe, até para dançar um pouco ao som de uma música antiga transmitida por ondas hertzianas.

Um dia que, esperemos, seja só uma anedota para contar daqui a uns anos…

Cenários de Primavera (4)

(foto minha)

Um tufo de papoilas... imaginem só! Um ajuntamento escarlate, uma pequena revolução vermelha a agitar-se ao vento, como se a própria Primavera tivesse decidido pintar o campo com pinceladas ousadas e um tanto distraídas.

São como bailarinas desgrenhadas, com saias de seda amarrotada, a exibir as suas cinturas repletas de futuras sementes com um ar de quem diz "Olhem para mim, sou efêmera, mas oh tão vibrante!". E no meio daquela confusão rubra, lá estão os centros escuros, uns pequenos botões pretos como olhos arregalados, talvez um pouco chocados com tanta exuberância à sua volta.

Se as flores tivessem opiniões, aposto que as papoilas seriam as mais barulhentas e as mais despreocupadas, a rir do vento e a esvoaçar como confetes de uma festa campestre que nunca mais acaba. Um verdadeiro hino à alegria e ao contentamento!

23 abril 2025

Papa Francisco (1936-2025)

(Foto da net)

Na Igreja há lugar para todos! Todos, todos, todos! 

Papa Francisco (JMJ, Agosto de 2023)

Morreu nesta segunda-feira, 21 de abril, um dia depois do Domingo de Páscoa, onde ainda fez uma breve aparição. Foi o Papa mais querido de todo o sempre, por crentes e não crentes, por gente de todas as religiões. Foi certamente o Papa mais inclusivo. Que quem venha a seguir, o faça na sua pegada....