Ontem, a minha janela abriu-se para a Serra de Sintra

Às duas da tarde, ponto de encontro à entrada do acesso à Aldeia da Ulgueira. Reunido o grupo, mochila às costas e bastão para auxiliar nos percursos difíceis, aí fomos nós para mais uma caminhada retemperadora, na Serra.
Depois de muito subir, descemos para esta mata encantada, onde foi fácil imaginar fadas e druidas. As árvores são de cortar a respiração. Caminhamos a olhar para o céu e a imagem que temos é de um rendilhado verde, que parece tecido por uma aranha gigante em dia de inspiração. Voltámos a subir. De repente encontramos um miradouro e ficamos uns minutos a descansar. Em boa hora pois então. Surgiu uma águia que nos deixou de olhos pregados a seguir o seu voo elegante e sedutor.

Seguimos para o lugar onde há cerca de dois anos plantámos três carvalhos. Encontrámos dois bem orientados. O terceiro perdeu-se no meio do matagal que entretanto cresceu.
Continuámos a subida direitos ao destino: a Anta de Adro Nunes (não há a certeza de ser uma Anta, mas …). Aqui chegados ficamos em silêncio a admirar a paisagem magnífica. Olhando à nossa volta vemos a Peninha, o Palácio da Pena, a Praia das Maçãs, o vale da Ursa, o Farol do Cabo da Roca e o Oceano Atlântico, imenso. É um deslumbre só!

Depois do habitual pic-nic, que é sempre uma surpresa (ninguém entende como é que das pequenas mochilas que levamos às costas, conseguem surgir tantas e tão surpreendentes iguarias - o prémio da inovação desta vez foi para o licor de poejo com que a Z presenteou o pessoal!), descemos para o regresso. Antes de partirmos, agendámos já o próximo encontro para o feriado do 1 de Novembro, uma espécie de magusto antecipado que vamos fazer no Vale da Ursa.