29 janeiro 2016

Cenários de Inverno (5)

Foto minha - Ribeira d'Ilhas, num dia de Inverno

É Janeiro, o sol brilha e a temperatura está amena. E sim, é o Inverno no país mais ocidental da Europa. Eu gosto que seja assim e vem aí o fim de semana para tirar partido de tão bom tempo ...

25 janeiro 2016

24 janeiro 2016

Porque votar, é liberdade!


Hoje é dia de fazermos uso do nosso direito cívico mais básico, sinónimo também ele de liberdade. Houve quem desse a vida para que nós hoje pudéssemos usufruir deste direito. Só isso basta para o tornar também num dever. Nunca conseguirei entender a abstenção. Quem não vota por opção, devia ser multado ou pagar imposto (uma ideia que vi escrita por aí, algures num comentário de um  blog, e, com a qual concordo!).

23 janeiro 2016

22 janeiro 2016

Na telefonia


Há pessoas que são espantosamente criativas e fantásticas no que fazem. O Nuno Markl é uma delas. Adoro-lhe o humor requintado e a inspiração. Costumo ouvir todos os dias de manhã a Super Parada de Génius na M80 (como se pode ler no site da rádio "é uma rubrica sobre a banda sonora da sua vida - e de todos nós. Uma colectânea infinita de canções das nossas vidas - desde as ridículas até às sublimes, analisadas pelo coleccionador de cromos oficial da M80").
Divirto-me imenso com esta rubrica, especialmente pela forma como o Markl dá a volta às músicas e nos leva a viajar num turbilhão de ideias ou num desfazer de mitos. 
Hoje foi o caso!
Achei delicioso o tema intitulado "Dino Meira Zum Zum Zum". Disponível aqui e imperdível. Genial como, de uma canção que qualquer um chamaria de pimba, na sua forma mais depreciativa, o Nuno  vira-a ao contrário e leva-nos a vê-la com outros olhos e a senti-la com o coração. 
"...Ser emigrante é, ter coragem para ir e p'ra voltar. Chegar à hora da partida, mostrar um sorriso, mas por dentro a chorar...". Ouçam que vão entender ...

20 janeiro 2016

Porque sim ...

(O meu trevo de 4 folhas, a propósito deste post da Elisa)

Este blog esteve uns tempos largado ao pó e às teias de aranha. Problemas familiares complicados (passe o pleonasmo, afinal problemas já são complicações por si só...) concentraram toda a minha energia e roubaram-me um bocadinho a motivação. Por agora os problemas ainda existem, mas vão aligeirando. Uma solução aqui, uma ideia ali, uma mão acolá, uma palavra mais à frente e quando damos por isso a vida vai retomando o seu rumo e as dificuldades vão sendo ultrapassadas de mansinho. Sem grandes planos mas com muitos sonhos, vou tirando partido de tudo o que de bom acontece. Vivendo o momento, seja ele um raio de sol na cara num dia muito frio, um abraço que não se espera, uma música inspiradora, uma caminhada na minha duna preferida, ouvir "oh mãe sabes que gosto de ti?", um livro que me surpreende ou uma notícia boa de alguém que está longe e de quem tenho saudades. Por vezes estamos tão concentrados nas nossas dificuldades que nos esquecemos de olhar para o lado e apreciar as coisas simples. E a vida passa tão rápido. E o hoje é já amanhã. Este blog andou às moscas, é verdade. Mas agora apeteceu-me limpar-lhe as teias e trazê-lo de volta! Sem pretensões de qualquer espécie (mesmo porque não tenho nenhum dom especial para a escrita), mas apenas porque sim, porque me apetece!

19 janeiro 2016

Em curso

Alegoria de Manuel Ribeiro de Pavia

"... Nem a alvura de uma aldeia, nem os seios de um monte.
Só planície e céu - céu e planície.
Nem o oiro da seara, nem o azul do céu lhes festejava a alma.
Só desalento e amargor - amargor e desalento.
Foram arriando os arranjos do carro e deitaram-se por ali à espera de ordens. Os criados passavam e olhavam-nos de banda.
- Gaibéus!..."

in "Gaibéus" de Alves Redol

Não está a ser uma leitura fácil. Descrições duras, personagens amargas na luta por uma sobrevivência quase animalesca. Uma escrita que utiliza de modo recorrente, expressões próprias daquela classe de infelizes e que nos pode obrigar a um trabalho de pesquisa para melhor compreensão. No entanto, apesar imagem de degradação humana que nos transmite, há uma sensibilidade paralela que nos comove e nos impele a uma leitura compulsiva. Avancemos então ...

18 janeiro 2016

Tristeza

Van Gogh (campo de papoilas)

É sempre difícil lidar com a morte, mesmo quando se sabe que vai acontecer. Mesmo quando cada dia é uma batalha ganha até ao dia em que se perde a mesma. Em duas semanas seguidas, desaparecem duas grandes mulheres do meu círculo de vida. Não sendo amizades pessoais eram pessoas que conheci de muito perto e que admirava imenso pela sua capacidade de luta, espírito generoso e nunca terem desistido da vida, mesmo com a morte à espreita. Foi um privilégio tê-las conhecido e ter trabalhado com ambas. Quem sabe um dia, voltaremos a encontrar-nos  numa outra dimensão. Para vocês mulheres guerreiras, um campo cheio de papoilas. Até sempre Graça e Alda...

15 janeiro 2016

Cenários de Inverno (4)

(Este já foi ... no brunch do passado Domingo)

Chocolate quente, marrons glacés e biscoitos de gengibre. São sabores que adoro no Inverno e aos quais volto com frequência. Assim que o frio se vai, esqueço-os de imediato e só me voltam a apetecer no Inverno seguinte. Manias, a cada um as suas...

12 janeiro 2016

Coisas que lemos por aí *




“Se em vez de lhe ter receitado antidepressivos o seu médico lhe tivesse recomendado a leitura de O Principezinho, talvez os resultados do tratamento tivessem sido mais eficazes. Uma terapia virtuosa”

Estou tentada a concordar. Passo muitas vezes os olhos por este livro e nunca deixa de me surpreender…


* De João Galvão, no jornal Dica de 14Jan2016

10 janeiro 2016

Brunch at Chafariz d'El Rey

Primeiro pequeno prazer do ano! Com um grupo de amigas, fomos à descoberta do brunch no Palacete Chafariz d'El Rey. Ambiente romântico e acolhedor. Uma salinha só para nós, enorme gentileza do empregado que ficou connosco (obrigada Tiago!), comida deliciosa e companhia do melhor. Falámos, rimos e abordámos projectos para outros programas.  Três horas inspiradoras e a repetir noutras ocasiões...

09 janeiro 2016

Cenários de Inverno (3)

(A chuva na Serra de Sintra-1 Janeiro)

Uma pessoa olha para o céu e vê o sol a romper as nuvens e o vento a afastar as ditas. Uma pessoa fica contente e estende a roupa na corda. Uma pessoa estende a última peça e vira costas para a cozinha. Passa não mais do que um minuto e começa a chover. Conclusão: cenários de inverno não são só poesia!

08 janeiro 2016

Dos livros que nos passam pelas mãos


O que podemos possuir?*

“…O conceito de dinheiro escapa-me. Quando era criança, nunca senti que houvesse diferença real entre as notas do meu Monopólio e as que saíam da carteira da minha mãe, excepto num sentido convencional: umas eram usadas nos jogos que jogava com os meus amigos; as outras, nos jogos de cartas dos meus pais à noite. A artista Georgine Hu desenhava “notas bancárias”, como lhes chamava, em papel higiénico e usava-as para pagar as consultas de psiquiatria…”. 
As palavras são de Alberto Manguel. Tinha ouvido falar dele aquando de uma sessão de leitura de “Ficções” do Jorge Luís Borges, na minha comunidade leitores. O então jovem Manguel, lia para Borges, quando este estava quase cego. Hoje passou-me pelas mãos o seu livro “Uma História da Curiosidade” e esta entrada num dos capítulos fez-me sorrir e abriu-me o apetite para voltar ao livro. A adquirir logo que oportuno. Gosto, quando dou de caras com um livro que me anima.

* Capítulo 13 de “Uma História da Curiosidade” de Alberto Manguel

07 janeiro 2016

Caramba, só hoje descobri este homem!




Cornerstone by Benjamin Clementine

I am alone in a box of stone
When all is said and done
As the wind blows to the east from the west
Unto this bed, my tears have their solemn rest

I am lonely, alone in a box of stone
They claim they loved me but they all lying
I am lonely alone in a box of my own
And this is the place, I now belong

It’s my home, home, home, home home home home home 

It wasn’t easy getting used to this
I use to scream
It’s not true, that its only when the door is locked
That nobody enters
Cuz mine has been open till your demise
But none had come, well who am I
What have I done wrong?

I’ve been lonely, alone in a box of my stone
They claim to be near me but they were all lying, its not true
I’ve been lonely, alone in a box of my stone
This is the place I know I now belong

It’s my home, home, home, home home home home home 

Friends, I have met
Lovers have slept and wept
Promises to stay had never been kept
This bare truth of which most won’t share
I hope you share, I hope you share

Cuz I have been lonely
Alone in a box of my own
They claim to love me and be near me
But they are all lying
I have been lonely, alone in a box of my stone
And this is the place I now know I belong

Its my home, home, home, home home home home home

06 janeiro 2016

Cenários de Inverno (2)

Manhã de Inverno


Coroada de névoas, surge a aurora 
Por detrás das montanhas do oriente; 
Vê-se um resto de sono e de preguiça, 
Nos olhos da fantástica indolente. 

Névoas enchem de um lado e de outro os morros 
Tristes como sinceras sepulturas, 
Essas que têm por simples ornamento 
Puras capelas, lágrimas mais puras. 

A custo rompe o sol; a custo invade 
O espaço todo branco; e a luz brilhante 
Fulge através do espesso nevoeiro, 
Como através de um véu fulge o diamante. 

Vento frio, mas brando, agita as folhas 
Das laranjeiras úmidas da chuva; 
Erma de flores, curva a planta o colo, 
E o chão recebe o pranto da viúva. 

Gelo não cobre o dorso das montanhas, 
Nem enche as folhas trêmulas a neve; 
Galhardo moço, o inverno deste clima 
Na verde palma a sua história escreve. 

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço 
As névoas da manhã; já pelos montes 
Vão subindo as que encheram todo o vale; 
Já se vão descobrindo os horizontes. 

Sobe de todo o pano; eis aparece 
Da natureza o esplêndido cenário; 
Tudo ali preparou co’os sábios olhos 
A suprema ciência do empresário. 

Canta a orquestra dos pássaros no mato 
A sinfonia alpestre, — a voz serena 
Acordo os ecos tímidos do vale; 
E a divina comédia invade a cena. 

Machado de Assis

05 janeiro 2016

Cenários de Inverno (1)

Chove lá fora e faz sol ao mesmo tempo. A paisagem fica lavada com a chuva e também com as cores mais brilhantes por conta do sol. Gosto tanto!

04 janeiro 2016

Nada mudou, apenas o ano no calendário

Regresso ao trabalho depois de uns dias de férias. Com o novo ano e como habitualmente, venho cheia de boas intenções de enfrentar tudo cheia de energia, com um sorriso, espírito totalmente zen, sem stress e ... esqueçam lá isso já estou back to normal as usual!  Decididamente, na minha vida não há rotinas...

03 janeiro 2016

Mood of the day...

Damien Rice - The Blower's Daughter

Há músicas assim, que nos fazem sentir bem. Ouvem-se sempre com um prazer imenso. Gosto muito da voz, da melodia, das palavras...

02 janeiro 2016

Dar a volta à vida

Agarrar nos mecanismos ao nosso alcance e dar-lhes corda. Colocar a engrenagem a funcionar, olear as juntas, juntar uma boa dose de optimismo e vamos lá porque a vida não espera...

01 janeiro 2016

Vá lá 2016, sê gentil, sim?

E traz umas coisinhas positivas pelo caminho, pode ser ? Obrigadinha ...

Hoje começámos assim. Tradição de um grupo de amigos nos últimos anos. Acampamento de uma tarde na Serra de Sintra, com a bruma habitual do mês de Janeiro. Amizade, gargalhadas, chuva na cara, cantigas, esconjuros, gaita de foles, boa comida e uma sensação de bem estar, que não tem preço...