30 janeiro 2014

As papoilas do Alentejo e os pobres de qualquer lado...

Papoilas no Alentejo, foto da minha amiga Zé

“… não tenha pena do meu filho menina Irisalva. Dos pobres não se tem pena, dos ricos sim, que sempre têm alguma coisa a perder…”

In “Bastardos do Sol” de Urbano Tavares Rodrigues 

Acabei de ler. Mais um belo romance passado no Alentejo. Mais um daqueles que nos deixam de respiração ofegante e coração apertado...

26 janeiro 2014

Pavão

“Pavão” – Alemanha, Kandern, 1908-1910 c Nederlands Tegelmuseum, Otterlo
Proveniência: Casa Kareol em Aerdenhout (Haarlem, Holanda)
Imagem, daqui

Hoje, no último dia da exposição “O brilho das cidades. A rota do azulejo”, na Gulbenkian. Fico sempre impressionada quando vejo um pavão em todo o seu esplendor, mesmo que seja em azulejo, como é o caso. É uma ave belíssima, é certo, mas é absolutamente fantástico como consegue transmitir-nos uma sensação de arrogância e superioridade como se não houvesse mais nada de interessante na terra, para além do seu próprio ser. Tal e qual como algumas pessoas ...

25 janeiro 2014

No momento...

Um recanto na minha sala (é o teu castiçal Manela, lembras-te?)
 
A tarde está cinzenta, melancólica, pouco convidativa a saídas. Deambulo pela casa, dou um toque aqui, outro ali, arrumo uns livros e uns postais, procuro umas fotos antigas de que preciso e logo me invadem boas recordações, acendo umas velas para tornar o ambiente mais acolhedor, convido o filho para fazer um puzzle mas diz-me que agora não lhe apetece, entro na net, espreito uns blogs, faço este post para arejar e vou passar ao livro do mês “Bastardos do Sol” do UTR. Simples, tudo muito simples … e aprazível!

18 janeiro 2014

Se não podes ir ao Prado vais ao MNAA

E foi o que fiz! Em boa companhia, fui hoje ver a exposição “Rubens, Brueghel e Lorrain, A Paisagem Nórdica no Museu do Prado”. Gostámos, embora nos soubesse a pouco. Quando chegámos ao fim, voltámos atrás para rever os preferidos. Os meus foram estes, incluídos nos núcleos “A vida no Campo” e “Paisagem de gelo e neve”
  
Jan Brueghel o Velho, A vida campestre, 1620, 1622

Cenário bucólico, dividido entre o trabalho e o lazer. Apetece entrar no quadro e ir espreitar cada canto.

Jan Brueghel o Velho, A boda campestre, 1621, 1623

Os detalhes muito presentes. Deliciosa a forma como os populares param de fazer as suas tarefas para apreciarem o cortejo que passa. Quase que se ouve a música e as vivas aos noivos.

Jan Brueghel o Velho e Joost de Momper O mercado e lavadouro na Flandres, 1621

Uma pequena maravilha este mercado e lavadouro. Pintado a 4 mãos e com duas cenas distintas, a conjugação é perfeita. O raio de sol a incidir sobre a roupa estendida, realçando a alvura da mesma, traz uma luz especial à pintura.

Joost Cornelisz. Droochsloot, Paisagem de Inverno com  patinadores, 1629

Aqui encantou-me todo o movimento que se sente da direita para a esquerda na forma ascendente. Há duas quedas no gelo, que parecem ter acabado de acontecer, há a velocidade e a beleza dos trenós, há umas meias até ao joelho com umas ligas ornamentadas, nas pernas dos elegantes senhores ali em primeiro plano e ... há tanto mais. 

17 janeiro 2014

Os fenómenos imprevistos da natureza


Hoje em Oeiras, pertinho de casa, foto de Paulo Reis, AQUI

Os deuses (leia-se o homem) devem mesmo estar loucos, mas ninguém liga nenhuma. Oh minha querida bolinha redonda (leia-se planeta Terra) ainda vamos chorar muito por ti …
Hoje, toneladas de granizo pelo caminho. A ver-se assim até parece neve, mas não, só quilos e quilos de pedras ...

14 janeiro 2014

O menino da sua mãe e o pai do seu menino!

Fotos daqui

Mais do que o melhor jogador do mundo, ontem o Cristiano foi o menino da sua mãe e o pai do seu menino. Vi afecto e orgulho para com os seus. A bola de ouro foi especial, porque a sua família estava ali e ele pode partilhar as suas emoções com eles. O resto fica para a história ….
Parabéns Cristiano!

10 janeiro 2014

Felicidade/Happiness/Bonheur/Felicità /Felicidad/Glük/ευτυχία/幸福/onnellisuus …

Os girassóis de Van Gogh dar-me-ão sempre uma sensação de felicidade

… seja em que língua for é feita de pequenas coisas minha gente, a felicidade é feita de pequenas coisas!!! O abraço de alguém que amamos, o aroma de torradas e café, um raio de sol a furar as nuvens numa manhã de inverno, uma música que nos toca, um sorriso de gratidão,  a sensação de um trabalho bem feito, o elogio no momento certo, uma pintura que nos atrai, um bolo que nos sai bem, uma boa notícia que recebemos, um livro que nos agarra, uma fatia de pão quente com manteiga, um passeio à beira mar, uma caminhada na mata, um encontro de amigos, a gargalhada de uma criança, o sol que nos aquece a pele … e podia continuar e certamente encheria páginas e páginas de outras coisas que nos fazem felizes. Ninguém é feliz a tempo inteiro, mas podemos ser felizes em muitos momentos. Todos sabemos isso (não descobri a pólvora, nem sou mais iluminada do que os outros), mas esquecemo-nos tantas vezes... e há gente que raramente sorri e que anda sempre de cara amarrada, para quem a palavra optimismo não consta do dicionário.  E também sei que há vidas muito difíceis (é que sei mesmo, sinto-o todos os dias na pele!), mas mesmo assim … enfim … isto hoje foi só um desvario em jeito de desabafo …

09 janeiro 2014

Simone B.






"On ne naît pas femme: on le devient."

--Le Deuxième Sexe (1949)


O Google lembra e bem: aniversariava hoje!

O Matotti, o eléctrico, a partilha ...

Lorenzo Mattotti - Couvertures pour "Le Monde" de poche
Aqui e aqui

Descobri há dois dias o Lorenzo Mattotti (obrigado à SS neste blog). Mas desde logo gostei do traço fino e preciso, das cores quentes e definidas, da sensação de movimento. Esta pintura que faz parte da colecção de capas do “Le Monde” de bolso, podia ser a cidade de Lisboa (não faço mesmo a menor ideia se é só a imaginação do autor ou se é referencial). Nas minhas deambulações citadinas, quantas vezes me deparei com este cenário, sobretudo ali para os lados da Sé. O eléctrico que faz a curva apertada, a rua estreita que sobe, o turista que confere o guia, o céu azul, a luz da cidade. Cenas adoráveis que apetece imortalizar. Terá sido assim? 

08 janeiro 2014

Em curso


E se de repente alguém de que não faz a menor ideia quem seja, lhe escrevesse uma carta que abria desta forma “A ti que nunca me conheceste …”

A partir daí e em pouco mais de 50 páginas, temos uma pequena jóia literária, que desbrava o drama dos sentimentos levados ao extremo, as suas fragilidades, incoerências e contradições, mas também as suas sensibilidades.

“Carta de uma Desconhecida” de Stefan Zweig.

Obrigado Martinha pela descoberta .... e agora vamos lá ao filme :)

07 janeiro 2014

Robbie Williams - Singing in the Rain



E agora numa versão mais actual com o Mr. Entertainment, que não está nada mal não senhor. Perspectiva-se uma ida ao RIR em Maio ...

"Singing in the Rain",1952 Gene Kelly



E é o que está a dar! Quando chove e não dá para fazer mais nada é mesmo o que me apetece fazer: calçar umas galochas e bailar à chuva ...