17 maio 2011

De novo e sempre o Alentejo! (1)

Fotos minhas e da minha amiga Zé: Portalegre, Maio 2011

No passado fim-de-semana rumámos a Portalegre atrás de José Régio. Ao Alandroal e Terena em busca dos vestígios do Deus Lusitano Endovélico e do seu culto ancestral.
A ideia surgiu na minha Comunidade de Leitores e foi num ápice que tomou forma.
Do programa Regiano constou, uma visita à Casa Museu e um encontro com o Grupo de Leitores de Portalegre, onde abordámos, entre outros, o conto de Régio, “Davam grandes passeios ao Domingo”.
Concluímos o ciclo José Régio com uma interpretação muito nossa do poema do escritor, “Toada de Portalegre”:

“Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...
……………………………........................
Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
……………………..............…
Poema completo aqui.

3 comentários:

mfc disse...

Ouvir a "Toada de Portalegre" declamada pelo João Villarett... é de arrepiar!

Manuel Nunes disse...

Tenho um CD (enviado pelo Prof. Martinó) em que é o próprio Régio a ler os seus poemas. Logo ouviremos no próximo encontro.

Kok disse...

Sou um apaixonado pelo Alentejo, seja ele Alto ou Baixo.
Daí que o visite com alguma assiduidade.
Portalegre já faz tempo que lá não vou, nada que não possa remediar!

Visitar Régio já é mais fácil; basta-me ir "ali" à estante...

Beijo!