15 janeiro 2009

Do tempo e outros afins

Foto de © Rapidsh☺t

Falar do tempo é comum a todos nós. Falamos dele com frequência. Do que não temos ou do que temos em excesso. Protestamos contra o tempo que faz. Se está calor reclamamos, se chove é uma chatice, se está frio é um ai Jesus e se neva então é uma histeria completa ou porque é uma felicidade ou porque é um transtorno sem fim. Levamos o tempo a dizer que não temos tempo. Fazemos tudo a correr, não nos demoramos a saborear o momento, porque o próprio tempo não pára. No entanto o tempo passa por nós e faz-nos ver as coisas de forma diferente. Aquilo que há um tempo nos parecia fundamental, torna-se risível de um momento para o outro. Hoje fazemos coisas de que passado um tempo nos arrependemos. Porque na altura não parámos e fomos simplesmente atrás do tempo. O tempo é importante para nós e por isso mesmo devemos usá-lo bem. É tão importante acordar cedo para desfrutar de um dia, como dormir uma hora a mais para dar repouso ao corpo. É tão bom estar um tempo a ver uma comédia maluca que nos faz rir às gargalhas, como aproveitar um tempo semelhante e assistir a um concerto de música clássica. Também com o tempo é necessário encontrar o equilíbrio. Será que temos tempo para descobrir isso mesmo?

7 comentários:

PreDatado disse...

Só por uma estranha evolução semântica é que os dois tempos de que falas são a mesma palavra. Mas são coisas diferentes e ter tempo para espreitar o tempo, faz tempos que para mim é uma questão fundamental. Porque não quero ir a correr para o autocarro debaixo de chuva.

Luís F. disse...

Eu ganho tempo a descobrir o tal equilíbrio...

Custódia C. disse...

PreDatado
Claro que são coisas diferentes:) Mas a intenção é também essa, usar a semântica da palavra, para reforçar o número de vezes, que se utiliza a mesma:)

magarça disse...

Bem dito Custódia. A gestão do tempo continua a ser um quebra-cabeças para mim.. beijinhos e um excelente 2009!

1entre1000's disse...

Cada um tem que saber "dosear" o tempo para encontrar o tal equilibrio adaptado ao seu respectivo caso...

Helena de Tróia disse...

Não é o tempo que passa por nós, somos nós que passamos pelo tempo..

mfc disse...

A insatisfação é criativa!