31 outubro 2008

Ocupação de fim-de-semana

Ando há uns tempos para dar uma arejada na minha colecção de BD. Já sei o que vai acontecer, acabo sentada no chão com dezenas de livrinhos à volta, espanador abandonado, completamente esquecida da intenção inicial. E o que poderia demorar uma hora, estende-se por uma manhã ou uma tarde…

O romance está no ar…

Pateta eu? No way!


Parece que isto hoje não correu nada bem!

Quem quer dar mais uma lambidela?


Meninos, vamos rápido que temos mais um mistério para desvendar!

Ora bem, então o que é que eu vou inventar hoje?

Venham a mim todas as moedinhas do mundo…

E os meus preferidos!

Bom fim-de-semana!

30 outubro 2008

Ce blog est aussi écologique!


Nem precisamos de ir à Praça da Figueira, basta irmos ao ecoponto mais próximo!

Faça um favor a si próprio e recicle pilhas e baterias. Pela sua saúde, pela dos seus filhos, dos seus netos e pelo futuro do Planeta Azul.

Não custa nada. Em casa, arranje um mini-pilhão improvisado e quando estiver cheio, marque um encontro com um amigo no café da esquina, aproveite, e, pelo caminho, deixe as suas pilhas usadas no ecoponto que está mesmo ali do outro lado da rua…

29 outubro 2008

Rose, la couleur du jour

Todos os dias, mas especialmente hoje, este é um blog cor-de-rosa!

Desta notícia, transcrevo o último parágrafo:

“…Em Portugal, surgem anualmente cerca de 4500 novos casos de cancro da mama e morrem aproximadamente 1500 mulheres com esta doença, o que perfaz uma média de quatro a cinco mortes por dia. O cancro da mama é a segunda causa de morte nas mulheres entre os 35 e os 55 anos”

28 outubro 2008

Ne partons pas fâchés - Raphaël

Por razões que muito me agradam, mergulho suavemente em tudo o que é francês. Para já ouço o Raphaël. É divertido, agradável e lembra-me o Verão do ano passado, quando as minhas sobrinhas me ofereceram o CD e juntas cantávamos em stereo com muita dança pelo meio ...

27 outubro 2008

Da praia da Aguda até às arribas do Magoito

Ontem foi assim! Uma espectacular tarde solarenga de Outono, fez-nos voltar ao lado norte da Serra de Sintra. Desta vez iniciámos a caminhada na Praia da Aguda, seguindo pelas arribas até à Praia do Magoito e continuando costa acima até ao local escolhido para o tradicional pic-nic, sempre com o Atlântico a rivalizar com o céu na cor azul.

Começámos aqui …
… continuámos por aqui…


…pelo caminho encontrámos isto …


Depois deste ligeiro descanso a meio do percurso...
.... admirámos a Duna fóssil no Magoito .....

... e continuámos ....


Após quase 10km de caminhada, em que andámos escarpa acima, arriba abaixo, marco geodésico à direita e o oceano em toda a sua magnitude sempre à esquerda, acabámos assim

A vida é bela !

24 outubro 2008

Memórias da Linha de Cascais (3)

Na sequência dos posts anteriores aqui e aqui, deixo hoje os últimos excertos do capítulo dedicado à minha Freguesia Carcavelos. E hoje falamos de vinhos…


“… O sítio de Carcavelos, dilatado pelas colinas ribeirinhas do Tejo e do Oceano, tem as melhores condições orográficas, geológicas e climatéricas, para produtor de vinhos.
Já no século XVII os vinhos de Carcavelos haviam fama no País. Generosos carregados na cor, trepadores, e com bouquet característico. Vinhos que mereceram a Filinto a ode consagradora:

“Rapaz, deita mais vinho
Vê se inda achas do doce Carcavelos
Garrafa nalgum canto”

A sua área de produção é reduzida. Fora dela, o vinho verde perde as qualidades essenciais. Não vai além de duas léguas quadradas. Aí o produto afina-se. Não é um Madeira, nem um Porto. É um Carcavelos. Dezassete graus de graduação alcoólica, com a sua cor, o seu paladar, o seu aroma particulares. A Duquesa de Abrantes, mas suas “Memórias”, ao referir-se a este vinho, diz várias vezes “… ce delicieux vin du Carcavelos…”.
…..
O Marquês de Pombal criou a marca oficial dos vinhos de Carcavelos e colocou-a no plano dos vinhos do Porto e da Madeira.
Os ingleses tomaram-lhe o gosto pela mesma época em que o bebeu a Duquesa de Abrantes – durante a guerra peninsular. Wellington teve o seu quartel-general, largo tempo, nas famosas linhas de Torres, região onde fica metida a área produtora do “Carcavelos”. A guerra forçava toda a gente a dispor, apenas, dos recursos da região mais vizinha. Os oficiais ingleses privados do seu amado Porto, provaram o “Carcavelos”. Provaram e gostaram. No regresso à Ilha Inglesa, falaram e gabaram este vinho que a guerra lhes fizera descobrir.

O “Carcavelos” viajou muito. Chegava dantes a toda a parte. Oh! Como ele era belo. Quando nos aparecia numa garrafa de gargalo torcido, coberta de pó. A rolha quase desfeita e com um rótulo de papel de costaneira onde simplesmente se lia, em caracteres desbotados pelo tempo, a palavra Cracavelos, o que era um dos maiores indícios da sua pureza. O tempo altera todas as coisas. Emendou-se a ortografia e perdeu-se o vinho …”

in “Memórias da Linha” de Branca de Gonta Gonçalo e Maria Archer

E assim fica a minha sugestão para o fim-de-semana: tentem encontrar uma garrafinha de Carcavelos e saboreiem-no de forma especial. Mas se não for Carcavelos, pode ser um Moscatel, um Muralhas, um JP…. Há muitos e bons vinhos portugueses por onde escolher!

Tenham um bom fim-de-semana!

23 outubro 2008

E eles também cresceram…


De repente ouço no rádio que os estrunfes fazem hoje 50 anos. Nasceram em 1958, mas só cá chegaram lá pelos anos 80. Eram os desenhos animados preferidos do meu filho. Belos momentos passámos, com estes simpáticos gnomos :)

22 outubro 2008

E eles chegam, devagarinho …


… os melhores dias, é claro!
Quando menos estamos à espera, as boas notícias vão surgindo e damos connosco a ver de novo as coisas com outras cores, mais alegres. Até um friozinho gostoso, apareceu hoje de manhã para animar (já sei que vou ouvir reclamações, mas eu gosto do frio, pois gosto). Aproveito ao máximo a conjuntura astral, saboreio o momento e embalo nesta onda de boa disposição. Vou almoçar shao-min com tangerinas de sobremesa (… ah e ainda tenho esperança que os sucessivos trambolhões da euribor, façam também cair no abismo, a minha prestação da casa …. desejo difícil de concretizar, mas o direito ao sonho ninguém me tira!)

20 outubro 2008

À espera de melhores dias: eis tudo!

Praia de Cascais
Carlos de Bragança (Rei de Portugal), 1906



“Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.”
Alberto Caeiro

17 outubro 2008

Do Alentejo, dos porcos e do fim-de-semana!


Este fim-de-semana em Ourique, o porco alentejano está em debate no 1º Congresso Ibérico do Porco Alentejano. Porque o Alentejo vale muito a pena, Ourique tem muitos encantos e o porco alentejano é mesmo muito bom, cá fica a sugestão!

Na imensidão
da planície alentejana,
brilha uma aldeia ao luar.
Fiel à sua origem,
imóvel no tempo,
prende-me, lentamente, o olhar…

Tenham um bom fim-de-semana!

16 outubro 2008

Vintage e em francês


Hoje acordei assim!


Quand on n'a que l'amour
A s'offrir en partage
Au jour du grand voyage
Qu'est notre grand amour

……………………………….

Jacques Brel - Quand on n'a que l'amour – Para ver e ouvir aqui

15 outubro 2008

Em curso...




"Um corpo é encontrado nos esgotos de Bluegate Fields, uma zona obscura da cidade de Londres. As primeiras investigações revelam tratar-se de um jovem aristocrata. O local e as circunstâncias não parecem fazer sentido. O Inspector Pitt, chamado a actuar, depara-se desde logo com o silêncio e a relutância da família. Subitamente, surge uma solução e é apontado um culpado. Um culpado demasiado óbvio e conveniente. São encontradas testemunhas, apresentadas provas e o culpado é acusado e condenado à forca. O caso é dado por encerrado. Mas Pitt não está totalmente convencido. Muito menos a intrépida Charlotte, que se empenha na procura da verdade e na luta por uma causa nobre e arriscada. E quando tudo parece irremediavelmente perdido, as paredes daquele mundo fechado de mentiras começam a ruir e a verdade é revelada."








Gosto de policiais e acho deliciosos os da época vitoriana. Descobrir enigmas sem ter ao seu alcance os recursos dos dias de hoje, era de uma genialidade quase suprema. Anne Perry é uma escritora credenciada, que criou dois investigadores, numa sociedade fechada, vivendo em função de um conjunto de regras rígidas de conduta social e onde os cavalheiros da alta sociedade estão acima de qualquer suspeita.
Tem duas séries de eleição. Uma protagonizada por Thomas Pitt, um detective polícial de origem social modesta, que se casa com Charlotte, uma jovem de boas famílias, que devido a esse casamento desce na escala social, o que não a incomoda nada, porque adora meter-se nas investigações do marido (quase um sacrilégio para a época), acabando sempre por ter influência no rumo da história. A outra é protagonizada pelo detective William Monk, que no primeiro livro sofre um acidente com uma carruagem, advindo daí uma amnésia profunda que se vai desvanecendo ao longo das histórias seguintes. Também Monk conta com uma ajuda feminina, a enfermeira Hester Letterly (discípula de Florence Nightingale), que, por sua vez, tem uma personalidade demasiado vincada e feminista para a época. Anne Perry faz ainda com que os seus casos abordem reminiscências de crimes realmente acontecidos.

14 outubro 2008

Sessão da noite


Em 14 jogos, ganho 4 e o meu filho ganha 10 (não utilizamos o sistema de pontos, simplesmente acabamos a sessão quando um de nós ganha o 10º jogo). E garanto que jogo é jogo e eu não facilito nem um bocadinho, simplesmente ele acaba por ter as melhores cartas (em dois jogos ele consegue mesmo ganhar em 4 jogadas seguidas). Ele ri até mais não, dá-me um abracinho e diz-me, deixa lá mãe amanhã pode ser que ganhes. Vai dormir feliz e eu também. O meu filho é adulto e tem uma paralisia cerebral. Quando jogamos ao UNO ( e não só) ele é bem melhor do que eu !

13 outubro 2008

Fim-de-semana pombalino

Este fim de semana, dedicámo-nos ao Marquês de Pombal e à sua propriedade em Oeiras. No sábado, caminhada de 9km pela antiga Quinta de Cima do Palácio de Oeiras (actual Estação Agronómica Nacional). No Domingo, visita ao Palácio de Oeiras e jardins envolventes. Na Quinta, caminhámos por terrenos férteis à beira de oliveiras, loureiros e árvores de frutos, caminhámos entre os vinhedos, passámos por baixo de aquedutos e por cima de pontes, avistámos bois, porcos, burros e cavalos.











Ouvimos histórias de produção da seda, dos seus bichos e da casa vermelha. No cimo impera o torreão da Casa da Manteiga e cá em baixo a lindíssima Casa da Pesca. Esta Quinta que em termos estéticos, obedece a uma quase rigorosa concepção geométrica, era praticamente auto-suficiente: produtos hortícolas, cereais, azeite, vinho, fruta leite e derivados, carne e mesmo pesca (é atravessada pela ribeira da Lage) e ainda a produção de seda. E claro o lazer estava sempre presente, com áreas ajardinadas e recantos deliciosos para descanso das damas e jogos dos nobres.

O palácio, que hoje está despojado do seu mobiliário original, tem salas lindíssimas com tectos elaborados, que nos contam histórias reais e imaginárias. Os azulejos imperam por todo lado, nas salas, nos corredores, nas escadas. Gostei da Sala da Concórdia, com o estuque numa imitação perfeita de madeira e mármore. A capela de estilo predominantemente barroco é, apesar disso, agradável à vista, com as suas paredes de tons rosa e azul suaves, as adoráveis pequenas galerias e a varanda do coro, tudo de forma harmoniosa e integrada. Os jardins de concepção agradável, pouco exagerada, dominados pela Cascata dos Poetas, alternam entre os espaços abertos e os recantos próprios à leitura e ao descanso.



E foi assim um tempo óptimo, entre o exercício físico, a beleza natural e arquitectónica do lugar e o recordar da história de Sebastião José de Carvalho e Mello, mui digno Marquês de Pombal!

10 outubro 2008

Memórias da Linha de Cascais (2)

Na sequência deste post ...









“… Toda a região de Carcavelos está retalhada em grandes fazendas. Parte delas pertencem a famílias distintas. Não é na povoação que habitam os mais representativos moradores de Carcavelos – é ao largo nas suas quintas.

Quinta Nova, do Barão, da Alagôa … Quinta do Junqueiro, da Bela-Vista, das Palmeiras, do Lameiro, da Cartaxeira, da Torre da Aguilha, da Costa, do Paulo Jorge, etc..

A Quinta da Bela-Vista, grande produtora de vinho, pertence hoje em dia ao Coronel Doria e tem uma linda e aparatosa moradia. A Quinta das Palmeiras, situada entre a Quinta do Barão e a Quinta do Marquês em Oeiras, era antigamente conhecida pelo nome de Quinta das Fôrras e pertence agora a um dos sócios da casa Manuel Vivas, de Lisboa, que ali construiu uma bonita moradia moderna. A Quinta do Lameiro pertence a uma viúva rica e generosa, D. Maria da Conceição Botelho, tem casa antiga, capela, terras extensas e férteis. A Quinta da Torre da Aguilha pertencia, antigamente, à Condessa do Camarido, que a vendeu a uma família inglesa, os Norton, os quais a transformaram numa granja D. João V e a enriqueceram com um imponente e luxuoso palacete, sob os planos e a direcção do Arquitecto Rebêlo de Andrade. Domina o monte no alto da Quinta, com seus varandins, seus torreões, seus telhados pontiagudos, Casa moderna, casa cómoda, mas de aparência antiga e solarenga. Goza da fama de ter sido construída no local de um antigo convento, cujas paredes foram aproveitadas para a obra nova. É sua actual proprietária a família Serrão Franco.

A Quinta da Costa alegrada com uma elegante casa moderna, pertence à Família Vasco D’Orey. A Quinta do Junqueiro, pertence ao Inglês William Knowles. Alonga-se à beira Mar e foi cortada em grande extensão, como aconteceu à Quinta Nova, pelas obras da Avenida Marginal. Deu-se, no terreno dessa Quinta, o histórico desembarque dos ingleses, na época da primeira invasão napoleónica. Foi ali a testa de ponte do exército estrangeiro que vinha ligar-se ao português para bater Junot. Ainda se notam no chão, entregue ao domínio da mata, as antigas obras de defesa do corpo expedicionário inglês, trincheiras, fossos, vestígios dos redutos de artilharia. Armas, botões, cartuchos, peças soltas de material artilhado, têm sido encontradas no seu terreno, ao ser trabalhado pela lavoura. Em redor destas quintas vastas, opulentas, enxameiam os pequenos casais, erguidos nuns palmos de chão arborizado e florido e com seu cómodo da pequena casa moderna e galante. O Casal das Flores, o Casal dos Ulmeiros … Neste último, vizinho da Quinta do Barão, exibiram-se há poucos anos, os mais requintados luxos de palácio medieval – as aparições de fantasmas! Infelizmente, os simpáticos visitantes dos sudários alvacentos, das correntes rangedoras, dos suspiros lúgubres, desaparecem do Casal dos Ulmeiros, sem deixar os créditos firmados, nem na casa nem na região…”

in “Memórias da Linha” de Branca de Gonta Gonçalo e Maria Archer

08 outubro 2008

Rir, ainda é o melhor remédio!


Ou, no poupar é que está o ganho! Poupa-se energia nos panos da louça e contribui-se para a salvação do planeta!

Ou de como em tempo de crise, é preciso é puxar pela cabeça!

06 outubro 2008

Não se fala de outra coisa …


… até mesmo nas conversas de café: dada a crise bancária, há quem volte a colocar o dinheiro debaixo do colchão.

03 outubro 2008

Memórias da Linha de Cascais (1)

Recentemente recebi de uma amiga, o livro “Memórias da Linha de Cascais” de Branca de Gonta Gonçalo e Maria Archer. Escrito em 1943, teve como única pretensão das autoras “…tornar mais conhecido e mais querido o rosário das povoações escalonadas ao longo da linha de Cascais”. O livro é delicioso, com detalhes pitorescos, muitos deles perdidos na memória e no tempo. Apeteceu-me transcrever aqui o capítulo sobre Carcavelos, para onde vim morar 3 anos depois de ter nascido (deixando o meu querido Alentejo) e onde já estou há algumas décadas. Será assim o primeiro de 3 ou 4 posts sobre o assunto …
“... O Tejo mergulha no oceano junto aos Penhascos de S. Julião da Barra. A “margem direita” termina no sopé dos muros da fortaleza com que D. Sebastião defendeu a entrada do rio. Para oeste, rochas e terras retraem-se numa chanfradura nova e deslumbrante, que vai indo, de praia em praia e de recorte em recorte, até ao extremo da baía de Cascais, Carcavelos fica na ponta da via maravilhosa. Começa ali a Costa do Sol.

Quem passa por Carcavelos encontra três aspectos diversos no seu urbanismo – três aspectos de isolamento para uma localidade.

Indo de comboio, afasta-se com ele do mar e passa na povoação. Depara-se com o trecho paisagístico da estação ferroviária, quadro provinciano de bilhete-postal, a lembrar uma gare do Ribatejo ou da Estremadura, com a sua vista de rua nova ao longo da linha. Indo pela estrada velha de Cascais atravessa um trecho do antigo povoado num panorama de casas modestas. Indo pela avenida marginal atravessa uma via esplendorosa, apenas enquadrada pelo mar, a praia, as escadarias monumentais, do outro lado os arvoredos e os muros das quintas por onde passa a nova avenida de acesso á estação.

E depois destas três travessias perguntamos aos nossos botões ou aos do nosso vizinho:
- Onde fica essa afamada estância marítima a que chamam Carcavelos? Onde se oculta a povoação velha e revelha que deu nome aos vinhos generosos das redondezas? Onde está metida a mancha multicolor do aglomerados humano em que se refugiam os ingleses, os alemães, os portugueses, moradores neste começo da Costa do Sol?

Avista-se de comboio, no alto do cerro fronteiro à estação, a igreja de S. Domingos de Rana. Paisagem sul-alentejana, paisagem mosárabe, limpa do vulto airoso das árvores. A frontaria da Igreja, estilo do século XVI, é linda, como proporção, como composição, como realização. Tem um teto pintado por Pedro Alexandrino, um quadro célebre do mesmo autor.

Mas não é para aquelas bandas, decerto, no alto do cerro escalvado, tão longe do mar e das estradas, o poiso da povoação de Carcavelos. Então?

Carcavelos, como a princesa do conto árabe – só se deixa ver a quem quiser casar com ela ….”

in “Memórias da Linha” de Branca de Gonta Gonçalo e Maria Archer