15 outubro 2008

Em curso...




"Um corpo é encontrado nos esgotos de Bluegate Fields, uma zona obscura da cidade de Londres. As primeiras investigações revelam tratar-se de um jovem aristocrata. O local e as circunstâncias não parecem fazer sentido. O Inspector Pitt, chamado a actuar, depara-se desde logo com o silêncio e a relutância da família. Subitamente, surge uma solução e é apontado um culpado. Um culpado demasiado óbvio e conveniente. São encontradas testemunhas, apresentadas provas e o culpado é acusado e condenado à forca. O caso é dado por encerrado. Mas Pitt não está totalmente convencido. Muito menos a intrépida Charlotte, que se empenha na procura da verdade e na luta por uma causa nobre e arriscada. E quando tudo parece irremediavelmente perdido, as paredes daquele mundo fechado de mentiras começam a ruir e a verdade é revelada."








Gosto de policiais e acho deliciosos os da época vitoriana. Descobrir enigmas sem ter ao seu alcance os recursos dos dias de hoje, era de uma genialidade quase suprema. Anne Perry é uma escritora credenciada, que criou dois investigadores, numa sociedade fechada, vivendo em função de um conjunto de regras rígidas de conduta social e onde os cavalheiros da alta sociedade estão acima de qualquer suspeita.
Tem duas séries de eleição. Uma protagonizada por Thomas Pitt, um detective polícial de origem social modesta, que se casa com Charlotte, uma jovem de boas famílias, que devido a esse casamento desce na escala social, o que não a incomoda nada, porque adora meter-se nas investigações do marido (quase um sacrilégio para a época), acabando sempre por ter influência no rumo da história. A outra é protagonizada pelo detective William Monk, que no primeiro livro sofre um acidente com uma carruagem, advindo daí uma amnésia profunda que se vai desvanecendo ao longo das histórias seguintes. Também Monk conta com uma ajuda feminina, a enfermeira Hester Letterly (discípula de Florence Nightingale), que, por sua vez, tem uma personalidade demasiado vincada e feminista para a época. Anne Perry faz ainda com que os seus casos abordem reminiscências de crimes realmente acontecidos.

2 comentários:

mfc disse...

É sempre interessante tentarmo-nos antecipar à narrativa e descobrir a dita "verdade"!

Luís F. disse...

Não sou grande fã de policiais, sou mais de romances... Mas o que realmente interessa é retirar o maior prazer da literatura - seja ela qual for…

:)