06 setembro 2007

Último parágrafo

".........
Almazinha, alma terna e flutuante, companheira do meu corpo, de que foste hóspede, vais descer àqueles lugares pálidos, duros e nus onde terás que renunciar aos jogos de outrora. Contemplemos juntos, um instante ainda, as praias familiares, os objectos que certamente nunca mais veremos... Procuremos entrar na morte de olhos abertos ..."
Acabei de ler, mais uma vez. "As Memórias de Adriano" da Marguerite Yourcenar

3 comentários:

Suzi disse...

Gente! Que mórbido mais poético, esse texto!

Su disse...

A morte... Esse monstro que ninguém quer ver, nem tão pouco falar e quando chega perto nem sabemos o que lhe dizer... A revolta, inconformismo, não aceitação, sofrimento, saudade daqueles que ela nos leva... uma incógnita que precisaria da fé para apaziguar a dor que ela provoca...

E o quadro do R. que está tão lindo!!!!

Um beijo.

Su

Miss Alcor disse...

Nunca li Marguerite Yourcenar, mas já é a segunda citação simplesmente linda que vejo dela!
Tenho definitivamente que ler algo!

Boa sugestão!